M̶i̶n̶é̶RIO

The series of photographs M̶i̶n̶é̶RIO is a going back to the past. Not only as a revisiting of my own analog photographic archive and an excavation of images, but as an attempt to go back to a time when maybe a choice could have still been made: that of preserving a river and erasing mining off the map.

In 2009, the mining company Vale S.A. officially crossed out of it’s title the name of the river basin where its conglomerate was originated - Companhia Vale do Rio Doce. I titled this work M̶i̶n̶é̶RIO, and crossed out the word mine instead. By doing so I hope to sensitize our collective memory that behind a mine there is always a river. At least, there used to be one.

Here I present images of “Córrego do André”, one of the São João river basin tributaries. This stream, the villages and the population along the river are under an ungoing threat by the talling dam of “congo Soco” owned by Vale S.A. that is about to break and could cause flooding and contamination of all surroundings - water, earth, fauna, flora and air.

River and lives are suspended by a question: What will be crossed off the map?

If this environmental crime occurs it won’t be the first nor the last, a river basin from the state of Minas Gerais in Brazil is to be destroyed. The irresponsibility of the mining Company Vale do Rio Doce, now Vale S.A. - the largest producer of iron ore in the world - combined with government disregard and the complacency of society already eliminated from the landscape of Minas Gerais the ecosystems of the Rio Doce and Rio Paraopeba.

I bring these pictures to the surface, so we don’t become only a shadow of what we once were. a capacity not surprisingly so well performed by documentary photography. after all, shadows and its absence is all that a black and white photograph is made off.

~ To Max Henrique Barbosa

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project M̶i̶n̶é̶RIO was shortlisted at Hariban Award 2019.

This year’s panel of jurors WAs made up of Annemarie Zethof & Martijn van Pieterson of IBASHO Gallery, Takayuki Ishii of Taka Ishii Gallery, Kimi Himeno of AKAAKA & Mirjam Kooiman of FOAM Museum Amsterdam.

2019 Shortlisted artists.

 

 

M̶i̶n̶é̶RIO

a série de fotografias M̶i̶n̶é̶RIO é uma tentativa de voltar ao passado. Não é só um revisitar do meu arquivo fotográfico e uma escavação de imagens, mas uma tentativa de voltar no tempo quando uma escolha talvez ainda fosse possível - a de preservar o rio e riscar a mineração do mapa.

Em 2007, a mineradora Vale S.A. riscou de seu nome original a bacia do Rio Doce onde este conglomerado se iniciou. Chamava-se Companhia Vale do Rio doce. Ao entitular este trabalho M̶i̶n̶é̶RIO, e riscar as letras iniciais, Risco a mina e deixo o rio. tento assim sensibilizar a nossa memória - que por trás do minério há sempre um rio; Ou pelo menos havia.

Aqui apresento imagens do córrego do André, um dos tributários da bacia do Rio São joão. Neste momento este afluente, assim como vilarejos e a população ribeirinha, estão ameaçadas por uma das barragens da Vale S.A. - a mina de rejeitos “Gongo Soco” que ameaça inundar e contaminar toda a cercania - água, terra, fauna, flora e ar.

Rio e vidas estão em suspense. E a pergunta fica: Será que seremos riscados do mapa?

Não será a primeira vez, e provavelmente nem a última, que uma bacia hidrográfica no Estado de Minas Gerais é ameaçada de destruição. A irresponsabilidade de Mineradoras como a Vale S.A.- A maior produtora de minério de ferro mundial - combinada com o desleixo governamental e a complacência social, já eliminaram da paisagem de Minas ecosistemas como os do Rio Doce e do rio paraopeba.

Trago estes retratos à tona, para que não restem apenas sombras daquilo que um dia fomos.

nada mais natural do que usar a fotografia documental, já que é da ausência e presença de sombras que a fotografia em preto e branco, pura e simplesmente é feita.

~ Para Max Henrique Barbosa